Como será o futuro dos eventos pós-Covid-19?

A pandemia paralisou eventos e feiras de negócios, gerando diversas consequências negativas para uma enorme cadeia de serviços. Afinal, é dos eventos que nascem vários negócios e isso nos faz questionar: como será o futuro dos eventos pós-Covid-19?

Para ter uma noção da proporção, a indústria global de eventos foi avaliada, em 2018, em mais de 1.1 bilhão de dólares. No entanto, por conta da pandemia, foram fechados 335.435 empregos formais no setor, deixando milhares desempregados. 

Por isso, considerando todo o cenário atual, bem como as novas responsabilidades, é preciso reavaliar a organização dos eventos. Ainda, garantir as normas de segurança e visitação qualificada para gerar sucesso e retorno do investimento aos expositores.

Neste post, confira as principais expectativas para os eventos após a pandemia.

Como ficou o cenário dos eventos durante a pandemia?

Com base em uma pesquisa com 270 profissionais de eventos dos EUA e mais de 3.000 participantes de vários setores:

  • 43% das empresas mudaram todos os eventos para virtuais e estão hospedando mais eventos virtuais do que o planejado originalmente;
  • 79% das empresas agora esperam hospedar eventos que incluem um componente online, mesmo quando os encontros presenciais forem retomados; 
  • menos de 7% de participantes acreditam que os eventos virtuais devem durar mais de uma hora.

Eventos com presença física e digital

Conforme os dados apresentados, os eventos que antes eram exclusivamente presenciais, tornaram-se webinars e eventos virtuais. Então, o digital se consolidou a ponto de ser necessário em qualquer circunstância. 

Inclusive, a qualidade dos eventos digitais vem melhorando com o passar do tempo. Isso vale desde as formas de apresentação dos conteúdos, a segmentação, divulgação, reprodução, dentre outros fatores. Logo, os eventos precisam disponibilizar os seus conteúdos de modo mais deglutível e estratégico. 

Afinal, é possível notar que, segundo os dados citados, poucos desejam assistir a vídeos de mais de uma hora. Contudo, é muito comum assistir vários vídeos de, em média, 6 a 10 minutos, que somados ultrapassem esse tempo. Hoje, existe até uma tendência de vídeos só com cortes de programas, podcasts, lives e reality shows. Então, por que não oferecer as palestras e apresentações dos eventos nesse formato?

Mas é indispensável que as experiências físicas e digitais se complementem, popularizando, assim, os eventos híbridos. Em outras palavras, trata-se do tipo de evento que ocorre tanto no presencial quanto no digital. Um dos eventos que trabalhava esse fundamento, antes da pandemia, é a Campus Party.

Aumento das tecnologias e experiências

Ter experiências é uma das características essenciais de um evento. Logo, as tecnologias são determinantes para garantirem o aumento da imersão dos visitantes, bem como as possibilidades dos expositores

Entre as possibilidades, podemos citar:

  • agilidade com endereços digitais via QR code;
  • possibilidade dos visitantes entrarem no mundo da realidade aumentada; 
  • projeções em paredes ou completas experiências em 360º; 
  • realidade virtual para exibir projetos e interações mais dinâmicas;
  • utilização da inteligência artificial para encantar o público de diversas maneiras. 

Um evento que já faz uso dessas tecnologias é a E3, uma das maiores feiras do setor de entretenimento eletrônico. 

📖 Veja também: o que é necessário para começar a transformação digital nas empresas.

Aumento das normas de segurança

Entidades como a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) e a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) se uniram para desenvolver um protocolo com as principais recomendações para organização de eventos pós-pandemia.

Confira algumas das principais recomendações apontadas por essas entidades para que essa garantia seja cumprida:

  • Filas de acesso e credenciamento – distância de 1,5 metros entre as pessoas;
  • Ambiente do evento – sempre arejado, com janelas abertas;
  • Acesso aos eventos – ponto de descontaminação com álcool para desinfecção de mãos e bolsas, entrega de máscaras e verificação da temperatura;
  • Eventos com plateia – assentos com, ao menos, 1 metro de distância, intercalando a ocupação ou, ainda, a venda de ingressos com assento numerado para garantir o distanciamento;
  • Uso de máscaras – obrigatório para todos que estiverem no evento, sem exceções, antes, durante e após as atividades principais acontecerem;
  • Hall de entrada – tapete com solução desinfetante;
  • Credenciamento – online, feito pelo participante antes de chegar ao evento;
  • Alimentos e bebidas – proibida a oferta dentro dos eventos;

Tendo em vista cada uma dessas expectativas sobre o futuro dos eventos pós-pandemia, esperamos que esse setor se fortaleça. Isso porque, os eventos contribuem para a recuperação da economia, criam oportunidades de negócios e transformam visitantes em empreendedores. Assim, com todas essas adaptações e inovações em conjunto, será possível que os eventos futuros sejam ainda mais interessantes.

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