Este artigo foi escrito por Francisco Brandão, co-fundador da Agência Life, para o portal do Jornal O Tempo.
O mundo dos negócios se tornou um ambiente imprevisível. A estabilidade antes experimentada por modelos de negócios tradicionais se tornou apenas uma lembrança. Vivenciamos uma inédita combinação de evolução tecnológica com a democratização do conhecimento. Essa receita resultou em um cardápio infinito de soluções que efervesceram a competitividade, abalando as estruturas das empresas, independentemente do porte ou segmento de atuação. Hoje, ninguém mais se espanta ao ouvir notícias de um algoritmo que destruiu um império por apresentar ao mercado uma forma mais econômica de resolver um problema.
Essa nova realidade tornou a tarefa de fazer projeções extremamente árdua. A bússola dos C-Levels, CEOs, diretores e empreendedores nunca esteve tão descalibrada como agora. O acrônimo VUCA sintetiza bem o momento. V – volatilidade, U – incerteza (do inglês uncertainty), C – complexidade e A – ambiguidade. Apesar de ter surgido nos anos 90, o termo ganhou relevância nos últimos anos, sendo incorporado ao vocabulário corporativo por descrever de forma direta a dificuldade de se projetar cenários de longo prazo.
O mundo VUCA coloca pressão em todos os níveis das organizações por inovação, agilidade, aumento de produtividade e redução de riscos. O marketing não pode escapar dessa realidade. Pelo contrário, precisa protagonizar a transformação.
A boa notícia é que isso já está acontecendo. As metodologias ágeis, antes dominadas por empresas de tecnologia, vêm sendo incorporadas às operações de marketing. Em Nova York, por exemplo, há um Meetup público, organizado pela The Six (consultoria de inovação e design que tem clientes como Apple, Cisco e American Express), com objetivo de propagar metodologias como o Design Sprint para profissionais da área de marketing e design.
Na Agência Life (empresa da qual sou co-fundador), combinamos diversas metodologias para potencializar os processos de marketing de clientes. Design Sprint, Canvas, Lean, OKR e, em alguns casos, a combinação de todos esses. Com isso, ajudamos nossos clientes a melhorar eficiência, reduzir riscos e tornar as etapas de marketing mais ágeis e assertivas. O mundo VUCA pede eficiência. E como diz Eric Ries, autor do livro Lean Startup, “as reações do mercado vão orientar seu aprendizado e as adaptações do produto/serviço”.